A HISTÓRIA DA MONARK
A História da Monark é um caso meio complicado de se falar, pois a Empresa não dispõem em seu site informações sobre sua história ! O que temos é um breve relato no Wikipedia da mesma, vamos a ele:
"Em 1948, a Monark instalou-se no bairro de Bela Vista, em São Paulo. De Importadora e montadora, a empresa passou a ser Fabricante de bicicletas. Foi adquirindo novas áreas, até que em 1951 estabeleceu-se em definitivo na Chácara Santo Antônio, também em São Paulo. Foi por muito tempo a maior rival da Caloi, onde monopolizaram o mercado nos anos 70, porém foi perdendo mercado e hoje ocupa um papel no mercado nacional de bicicletas muito menor que ocupava nas décadas de 60 e 70. Nos anos 1980, chegou a vender 2 milhões de bicicletas por ano e chegou a empregar 10 mil pessoas.
Por motivos desconhecidos, fechou duas Fábricas, em Manaus e em São Paulo, entre 2006 e 2008, transferindo sua produção para Indaituba. Quando fechou a Fábrica de Manaus, na carta aos funcionários a empresa disse que "preferia fechar a fábrica a fazer uma bicicleta ruim como as importadas da China”. Aproveitando o espaço deixado por ela, uma nova concorrente começou destacar-se no mercado a partir do início dos anos 2000, a Sundown."
A Barra Circular
Sem dúvida, um dos grandes sucessos da Monark foi a Barra Circular. E para contar um pouco de sua história pesquisamos no Site " Escola de Bicicleta " e trazemos aqui:
O fenômeno da Monark Barra Circular
O começo dos anos 60 se faz com mais de 30 marcas de bicicletas sendo produzidas no Brasil. A grande maioria fabricava modelos em vários tamanhos, geralmente 28, 26, 24, 22 e 20, em polegadas e referente ao tamanho da roda. Com o mercado de bicicletas em crise a necessidade de padronização para diminuir custos é a saída para evitar fechar as portas. A grande maioria das bicicletas adultas, já no final da década de 60, passa a ser produzida com rodas 26 ½.
É difícil encontrar referências para entender o que levou a criação do desenho do quadro da Monark Barra Circular. Antes dela havia no mercado uma série de quadros com reforços no triângulo principal do quadro, geralmente barras que ligavam o tubo de selim com a frente da bicicleta. Podia ser um segundo tubo superior, com os dois em paralelo, ou um "J" que nascia no tubo inferior pouco atrás da caixa de direção e terminava no tubo de selim. Havia até a referência das Schwinn com seus dois tubos de reforço em semi-círculo saindo da parte baixa da caixa de direção, passando pelo meio do tubo superior e terminando nas forquilhas traseiras. Mas tudo indica que nunca se havia feito um quadro com um reforço circular dentro do triângulo central.
O mais interessante é que a primeira Barra Circular, já com sua nova configuração de quadro, a ser colocada no mercado, Série Águia de Ouro 1972 que substituiu a Olé 70, tinha rodas 28", bem maiores que as 26 ½" que se tornariam padrão. O fato talvez explique o porque do tubo superior sair da caixa de direção para baixo para só depois ficar paralelo ao chão. É uma forma de diminuir a altura do quadro e acomodar uma população com altura média baixa, como a do norte e nordeste onde o modelo virou um fenômeno de vendas.
O desenho da traseira, com as duas forquilhas em peça única que começam quase no meio do tubo superior, abrem-se no tubo de selim para formar um pequeno triângulo, continuam na traseira em paralelo ao chão para criar um suporte para o bagageiro, descem para fazer uma suave curva nas gancheiras e terminam na caixa de movimento central. O bagageiro acaba tendo uma área de apoio superior maior que os convencionais.
Se o projeto não tem referências, não resta dúvidas que ele tem um fluidez que chega a ser agradável, boa ergonomia e um estilo algo futurista para a época. É completamente diferente do que se fabricava até então, quando o desenho do quadro normalmente tinha linhas retas, formas práticas, reconhecidamente resistentes, e que eram produzidas com o mínimo de desperdício de material.
A Monark Barra Circular foge da tradição e entra no mercado para fazer história. Mesmo uma marca com a força que a Monark tinha então só tem sucesso se seu produto cai no gosto público e a Barra Circular foi um sucesso total.
A Monark Barra Circular foge da tradição e entra no mercado para fazer história. Mesmo uma marca com a força que a Monark tinha então só tem sucesso se seu produto cai no gosto público e a Barra Circular foi um sucesso total.
O interessante é que a qualidade das bicicletas produzidas no Brasil até então era boa. Havia uma cultura sobre as bicicletas bem estabelecida, pelo menos aqui no sul e sudeste do país. Quase não faz sentido sair das leves e eficientes bicicletas com quadro tradicional para cair num quadro cheio de tubos, detalhes e mais pesado. A alegação normal de seus usuários é que a Barra Circular é mais robusta, resistente que as outras.
A Caloi tenta conseguir morder um espaço deste novo mercado e a princípio lança a Barra Dupla, um modelo claramente inspirado na Schwinn. Alguns anos depois lança a linha Barra Forte que foi mudando o desenho do quadro, mas nunca chegou perto do impressionante número de venda da Barra Circular. No início dos anos 80 a Caloi lança uma linha nova, com um desenho de quadro em que as forquilhas tem uma continuidade que ultrapassa o tubo de selim e continua até quase a caixa de direção, formando assim um selim, ou banco, sobre o tubo superior. O desenho da bicicleta é muito suave e fluido, mas o desenho não faz sucesso esperado e seu custo de produção é alto, e já no ano seguinte ela começa a ser modificada. Irá surgir a última geração de Barra Forte com "banco" sobre o tubo superior. Logo será apresentada ao mercado a Caloi Barra C, quase uma cópia da Barra Circular.
O poder de mercado da Monark Barra Circular só irá diminuir no meio dos anos 90 quando o conceito mountain bike começa afetar até o mercado de bicicletas para trabalhadores.
O poder de mercado da Monark Barra Circular só irá diminuir no meio dos anos 90 quando o conceito mountain bike começa afetar até o mercado de bicicletas para trabalhadores.
Atualmente ainda continua sendo fabricada - e copiada pela concorrência - agora nos modelo VB (V-Brake = cabos de aço), FI (Sistema de varas de aço) e CP (Contra-pedal), com quadro de aço carbono.
Bicicletas fabricadas pela Monark no Brasil
Vamos tentar trazer aqui todos os modelos de bicicletas Monark fabricadas no Brasil:
- Barra Circular
- Barra dupla reforçada
- Barra circular super tubo
- Monareta (Séries: Medalha de Ouro, Shazan, Gemini, 2001, Olé 70, Brasil Luxo 71 Águia de Ouro 72, Brasil de Ouro 73, Águia Imperial 74, Fantástica 74, Centauro 75, 5 Estrelas 76 e 77, Tropical 79, Olímpica 80, Tigre, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88 e 89)
- Monareta Kross, Kross II e Kross 3 (com 3 marchas)
- Monareta Jet Black
- Monareta Tanden
- Jubileu de Ouro 58
- Olímpica 60
- Monark Luxor 61
- Gran Prêmio 62
- Panamericana 63
- Brasiliana 64
- BR 65
- Copa do Mundo 66
- Rei Pelé 66
- Garota 66
- Galáxia 67
- Medalha de ouro 68
- 2001 69
- Olé 70
- Brasil luxo 71
- Brasil de ouro 72
- Águia de ouro 73
- Águia Imperial 74
- Centauro 75
- 5 Estrelas 76
- 5 Estrelas 77
- Homem 77
- Homem Especial 78
- Homem 3 (3 marchas)
- Copa do Mundo 78
- Tropical 79
- Olímpica 80
- Gran Tour série prata 80
- Crescent 10
- Positron 10
- Super 10
- Positron Vogue 10
- Junior 5
- Fofita
- Pepita
- Monareta mirim
- Tigrão
- Tiger Kross 75
- Monark Tigre
- Bmx
- Bmx Pantera
- Bmx tanque e turbo
- Bmx Ultra leve
- Bmx Superstar
- Bmx Acrobike
- Trunfo Cross
- Feminina
- Princesa
- Senhora
- Ipanema
- Ipaneminha
- Brisa
- Tropical
- Ranger
- Ranger Afrikan
- Canyon adventure 18 speed
- Pick Up Carga dupla